quinta-feira, 29 de março de 2012

O Sermão de Santo António aos Peixes - Capítulo IV

Por Eliana Maria (Ir. Gabriela, Obl. OSB)


CONFIRMAÇÃO       


 Na quarta etapa do sermão, o Padre António Vieira, numa visão de conjunto (ou de caráter geral) censura os defeitos dos peixes :
  
v  pelo fato de se comerem uns aos outros, nivelam-se à antropofagia social dos homens
v  e os homens, numa ganância desmedida, exploram seus mortos devorando-os em cadeia alimentar
v  tendo a Sagrada Escritura como base, o orador talha habilmente uma lógica implacável para demonstrar este canibalismo : assim como o pão é o alimento para todos os dias, os pequeninos são o pão quotidiano dos graúdos
v  critica, novamente, a prepotência dos grandes; a vaidade dos homens; o mau comportamento dos parasitas, ambiciosos, hipócritas e traidores
 
Percebam o quanto António Vieira é inigualável ao aguçar e reter o ouvinte, alternando a cadência da pregação, que varia do lento, ao rápido e ao muito rápido. Nas frases longas, o compasso é tranquilo, nas frases curtas, é pungente, permitindo que o sermão flua como o ondular das águas mar.

            No arremate, a cegueira e a ignorância também são defeitos gravíssimos. Por causa de um anzol, os peixes caem no afago da isca e são levados à morte.
 
O que dizer, então, dos homens que se esfolam por causa do hábito de uma Ordem Militar (ordem de Malta, Avis, dentre outras)? Ou quando as embarcações de Portugal chegam às colônias, carregadas de panos e todos se matam para te-los?
Em contraste, cita a humildade de Santo António, que não se deixou enganar pela soberba do mundo. Pobre e sempre discreto, fisgou muitas almas para a salvação.

 
 
 
Capítulo IV
 
 
'Antes, porém, que nos vades, assim como ouvistes os vossos louvores, ouvi também agora as vossas repreensões. Servir-vos-ão de confusão, já que não seja de emenda. A primeira cousa que me desedifica (117), peixes, de vós, é que vos comeis uns aos outros. Grande escândalo é este, mas a circunstância o faz ainda maior. Não só vos comeis uns aos outros, senão que os grandes comem os pequenos. Se fora pelo contrário, era menos mal. Se os pequenos comeram os grandes, bastara um grande para muitos pequenos; mas como os grandes comem os pequenos, não bastam cem pequenos, nem mil, para um só grande. Olhai como estranha isto Santo Agostinho (118): Homines pravis, perversisque cupiditatibus facit sunt veluti piscis invicem se devorantes (119): Os homens com suas más e perversas cobiças, vêm a ser como os peixes que se comem uns aos outros. Tão alheia cousa é, não só da razão, mas da mesma natureza, que, sendo todos criados no mesmo elemento, todos cidadãos da mesma pátria, e todos finalmente irmãos, vivais de vos comer! Santo Agostinho, que pregava aos homens, para encarecer a fealdade deste escândalo, mostrou-lho nos peixes; e eu, que prego aos peixes, para que vejais quão feio e abominável é, quero que o vejais nos homens. Olhai, peixes, lá do mar para a terra. Não, não: não é isso o que vos digo. Vós virais os olhos para os matos e para o Sertão? Para cá, para cá; para a Cidade é que haveis de olhar. Cuidais que só os Tapuias (120) se comem uns aos outros? Muito maior açougue é o de cá, muito mais se comem os brancos. Vedes vós todo aquele bulir, vedes todo aquele andar, vedes aquele concorrer às praças e cruzar as ruas; vedes aquele subir e descer as calçadas, vedes aquele entrar e sair sem quietação nem sossego? Pois tudo aquilo é andarem buscando os homens como hão-de comer, e como se hão-de comer.

Morreu algum deles, vereis logo tantos sobre o miserável a despedaçá-lo e comê-lo. Comem-no os herdeiros, comem-no os testamenteiros, comem-no os legatários, comem-no os credores; comem-no os oficiais dos órfãos, e os dos defundos e ausentes; come-o o Médico, que o curou ou ajudou a morrer; come-o o sangrador que lhe tirou o sangue; come-o a mesma mulher, que de má vontade lhe dá para mortalha o lençol mais velho da casa; come-o o que lhe abre a cova, o que lhe tange os sinos, e os que, cantando, o levam a enterrar; enfim, ainda o pobre defundo o não comeu a terra, e já o tem comido toda a terra (121). Já se os homens se comeram somente depois de mortos, parece que era menos horror e menos matéria de sentimento. Mas para que conheçais a que chega a vossa crueldade, considerai, peixes, que também os homens se comem vivos assim como vós. Vivo estava Job (122), uando dizia: Quare persequimini me, et carnibus meis saturamini? (123): Porque me perseguis tão desumanamente, vós, que me estais comendo vivo e fartando-vos da minha carne? Quereis ver um Job destes? Vêde um homem desses que andam perseguidos de pleitos ou acusados de crimes, e olhai quantos o estão comendo. Come-o o Meirinho (124), come-o o Carcereiro, come-o o Escrivão, come-o o Solicitador, come-o o Advogado, come-o o Inquiridor, come-o a Testemunha, come-o o Julgador, e ainda não está sentenciado, já está comido. São piores os homens que os corvos. O triste que foi à forca, não o comem os corvos senão depois de executado e morto; e o que anda em juízo, ainda não está executado nem sentenciado, e já está comido.

E para que vejais como estes comidos na terra são os pequenos, e pelos mesmos modos com que vós comeis no mar, ouvi a Deus queixando-se deste pecado: Nonne cognoscent omnes, Qui operantur iniquitatem, Qui devorant plebem meam, ut cibum panis? (125) Cuidais, diz Deus, que não há-de vir tempo em que conheçam e paguem o seu merecido aqueles que cometem a maldade? E que maldade é esta, à qual Deus singularmente (126) chama a maldade, como se não houvera outra no mundo? E quem são aqueles que a cometem? A maldade é comerem-se os homens uns aos outros, e os que a cometem são os maiores que comem os pequenos: Qui devorant plebem meam, ut cibum panis. Nestas palavras, pelo que vos toca, importa, peixes, que advirtais muito outras tantas cousas, quantas são as mesmas palavras. Diz Deus que comem os homens não só o seu povo, senão (127) declaradamente a sua plebe: Plebem meam, porque a plebe e os plebeus, que são os mais pequenos, os que menos podem e os que menos avultam na República, estes são os comidos. E não só diz, que os comem de qualquer modo, senão que os engolem e os devoram: Qui devorant. Porque os grandes que têm o mando das Cidades e das Províncias, não se contenta a sua fome de comer os pequenos um por um, ou poucos a poucos, senão que devoram e engolem os povos inteiros: Qui devorant plebem meam. E de que modo os devoram e comem? Ut cibum panis: não como os outros comeres, senão como pão. A diferença que há entre o pão e os outros comeres, é que para a carne, há dias de carne, e para o peixe, dias de peixe, e para as frutas, diferentes meses no ano; porém o pão é comer de todos os dias, que sempre e continuadamente se come; e isto é o que padecem os pequenos. São o pão quotidiano dos grandes; e assim como o pão se come com tudo, assim com tudo e em tudo são comidos os miseráveis pequenos, não tendo, nem fazendo ofício em que os não carreguem, em que os não multem, em que os não defraudem, em que os não comam, traguem e devorem: Qui devorant plebem meam, ut cibum panis. Parece-vos bem isto, peixes? Representa-se-me que com o movimento das cabeças estais todos dizendo que não, e com olhardes uns para os outros, vos estais admirando e pasmando de que entre os homens haja tal injustiça e maldade! Pois isto mesmo é o que vós fazeis. Os maiores comeis os pequenos; e os muito grandes não só os comem um por um, senão os cardumes inteiros, e isto continuadamente sem diferença de tempos, não só de dia, senão também de noite, às claras e às escuras, como também fazem os homens.

Se cuidais, porventura, que estas injustiças entre vós se toleram e passam sem castigo, enganai-vos. Assim como Deus as castiga nos homens, assim também por seu modo as castiga em vós. Os mais velhos, que me ouvis e estais presentes, bem vistes neste Estado, e quando menos ouviríeis murmurar aos passageiros nas canoas, e muito mais lamentar aos miseráveis remeiros delas (128), que os maiores que cá foram mandados, em vez de governar e aumentar o mesmo Estado, o destruíram; porque toda a fome que de lá traziam, a fartavam em comer e devorar os pequenos. Assim foi. Mas, se entre vós se acham acaso alguns dos que, seguindo a esteira dos navios, vão com eles a Portugal e tornam para os mares pátrios, bem ouviriam estes lá no Tejo, que esses mesmos maiores, que cá comiam os pequenos, quando lá chegam acham outros maiores que os comam também a eles. Este é o estilo da divina Justiça tão antigo e manifesto, que até os Gentios o conheceram e celebraram:

 
 Vos quibus rector maris, atque terrae
Jus dedit magnum necis, atque vitae;
Ponite inflatos, tumidosque vultus;
Quidquid a vobis minor extimescit,
Maior hoc vobis Dominus minatur
(129).

Notai, Peixes, aquela definição de Deus: Rector maris atque terrae. Governador do mar e da terra; para que não duvideis que o mesmo estilo, que Deus guarda com os homens na terra, observa também convosco no mar. Necessário é logo que olheis por vós e que não façais pouco caso da doutrina que vos deu o grande Doutor da Igreja, Santo Ambrósio, quando, falando convosco disse: Cave nedum alium insequeris, incidas in validiorem (130). Guarde-se o peixe que persegue o mais fraco para o comer, não se ache na boca do mais forte, que o engula a ele. Nós o vemos aqui cada dia. Vai o Xaréu (131) correndo atrás do Bagre (132) , como o cão após a lebre, e não vê o cego que lhe vem nas costas o Tubarão com quatro ordens de dentes, que o há-de engolir de um bocado. É o que com maior elegância vos disse também Santo Agostinho: Praedo minoris fit praeda maioris (133). Mas não bastam, peixes, estes exemplos para que acabe de se persuadir a vossa gula, que a mesma crueldade que usais com os pequenos, tem já emparelhada o castigo na voracidade dos grandes.
 
Já que assim o experimentais com tanto dano vosso, importa que daqui por diante sejais mais Repúblicos (134) e zelosos do bem comum, e que este prevaleça contra o apetite particular de cada um, para que não suceda que, assim como hoje vemos a muitos de vós tão diminuídos, vos venhais a consumir de todo. Não vos bastam tantos inimigos de fora e tantos perseguidores tão astutos e pertinazes, quanto são os pescadores, que nem de dia nem de noite deixam de vos pôr em cerco e fazer guerra por tantos modos (135) Não vedes que contra vós se emalham (136) e entralham (137) as redes; contra vós se tecem as nassas (138), contra vós se torcem as linhas, contra vós se dobram e farpam (139) os anzóis, contra vós as fisgas e os arpões (140)? Não vedes que contra vós até as canas são lanças e as cortiças armas ofensivas? Não vos basta, pois, que tenhais tantos e tão armados inimigos de fora, senão que também vós de vossas portas adentro o haveis de ser mais cruéis, perseguindo-vos com uma guerra mais que civil e comendo-vos uns aos outros? Cesse, cesse já, irmãos peixes, e tenha fim algum dia esta tão perniciosa discórdia; e pois vos chamei e sois irmãos, lembrai-vos das obrigações deste nome. Não estáveis vós muito quietos, muito pacíficos e muito amigos todos, grandes e pequenos, quando vos pregava Santo António? Pois continuai assim, e sereis felizes.

Dir-me-eis (como também dizem os homens) que não tendes outro modo de vos sustentar (141). E de que se sustentam entre vós muitos, que não comem os outros? O mar é muito largo, muito fértil, muito abundante, e só com o que bota às praias pode sustentar grande parte dos que vivem dentro nele. Comerem-se uns animais aos outros é voracidade e sevícia (142), e não estatuto (143) da Natureza. Os da terra e do ar, que hoje se comem, no princípio do mundo não se comiam, sendo assim conveniente e necessário para que as espécies de todos se multiplicassem. O mesmo foi (ainda mais claramente) depois do Dilúvio, porque tendo escapado somente dois de cada espécie, mal se podiam conservar se se comessem. E finalmente no tempo do mesmo Dilúvio, em que todos viveram juntos dentro na Arca, o lobo estava vendo o cordeiro, o gavião a perdiz, o leão o gamo, e cada um aqueles em que se costuma cevar; e se acaso lá tiveram essa tentação, todos lhe resistiram e se acomodaram com a ração do paiol (144) comum, que Noé lhes repartia. Pois se os animais dos outros elementos mais cálidos (145) foram capazes desta temperança, porque o não serão os da água? Enfim, se eles em tantas ocasiões pelo desejo natural da própria conservação e aumento, fizeram da necessidade virtude, fazei-o vós também; ou fazei a virtude sem necessidade e será maior virtude.

Outra cousa muito geral, que não tanto me desedifica, quanto me lastima em muitos de vós, é aquela tão notável ignorância e cegueira que em todas as viagens experimentam os que navegam para estas partes. Toma um homem do mar um anzol, ata-lhe um pedaço de pano cortado e aberto em duas ou três pontas, lança-o por um cabo delgado até tocar na água, e em o vendo o peixe, arremete cego a ele e fica preso e boqueando (146), até que, assim suspenso no ar, ou lançado no convés, acaba de morrer. Pode haver maior ignorância e mais rematada cegueira que esta? Enganados por um retalho de pano, perder a vida? Dir-me-eis que o mesmo fazem os homens. Não vo-lo nego. Dá um exército batalha contra outro exército, metem-se os homens pelas pontas dos piques (147), dos chuços (148) e das espadas, e porquê? Porque houve quem os engodou e lhes fez isca com dois retalhos de pano. A vaidade entre os vícios é o pescador mais astuto e que mais facilmente engana os homens. E que faz a vaidade? Põe por isca nas pontas desses piques, desses chuços e dessas espadas dois retalhos de pano, ou branco, que se chama Hábito de Malta (149), ou verde, que se chama de Avis (150), ou vermelho, que se chama de Cristo (151) e de Santiago (152), e os homens por chegarem a passar esse retalho de pano ao peito, não reparam em tragar e engolir o ferro. E depois disso que sucede? O mesmo que a vós. O que engoliu o ferro, ou ali, ou noutra ocasião ficou morto; e os mesmos retalhos de pano tornaram outra vez ao anzol para pescar outros. Por este exemplo vos concedo, peixes, que os homens fazem o mesmo que vós, posto que me parece que não foi este o fundamento da vossa resposta ou escusa, porque cá no Maranhão, ainda que se derrame tanto sangue, não há exércitos, nem esta ambição de Hábitos.

Mas nem por isso vos negarei que também cá se deixam pescar os homens pelo mesmo engano, menos honrada e mais ignorantemente. Quem pesca as vidas a todos os homens do Maranhão, e com quê? Um homem do mar com uns retalhos de pano. Vem um Mestre de Navio de Portugal com quatro varreduras (153) nas lojas, com quatro panos e quatro sedas, que já se lhe passou a era e não têm gasto; e que faz? Isca com aqueles trapos aos moradores da nossa terra: dá-lhes uma sacadela (154) e dá-lhes outra, com que cada vez lhes sobe mais o preço; e os Bonitos, ou os que o querem parecer, todos (155) esfaimados aos trapos, e ali ficam engasgados e presos, com dívidas de um ano para outro ano, e de uma safra (156) para outra safra, e lá vai a vida. Isto não é encarecimento (157). Todos a trabalhar toda a vida, ou na roça, ou na cana, ou no engenho (158), ou no tabacal; e este trabalho de toda a vida, quem o leva? Não o levam os coches, nem as liteiras, nem os cavalos, nem os escudeiros, nem os pagens, nem os lacaios, nem as tapeçarias, nem as pinturas, nem as baixelas, nem as jóias; pois em que se vai e despende toda a vida? No triste farrapo com que saem à rua, e para isso se matam todo ano.

Não é isto, meus peixes, grande loucura dos homens com que vos escusais? Claro está que sim; nem vós o podeis negar. Pois se é grande loucura esperdiçar a vida por dois retalhos de pano, quem tem obrigação de se vestir, vós, a quem Deus vestiu do pé até à cabeça, ou de peles de tão vistosas e apropriadas cores, ou de escamas prateadas e douradas, vestidos que nunca se rompem, nem gastam com o tempo, nem se variam ou podem variar com as modas; não é maior ignorância e maior cegueira deixardes-vos enganar ou deixardes-vos tomar pelo beiço com duas tirinhas de pano? Vede o vosso Santo António, que pouco o pôde enganar o mundo com essas vaidades. Sendo moço e nobre, deixou as galas de que aquela idade tanto se preza, trocou-as por uma loba de sarja e uma correia (159) de Cónego Regrante (160), e depois que se viu assim vestido, parecendo-lhe que ainda era muito custosa aquela mortalha, trocou a sarja pelo burel e a correia pela corda. Com aquela corda e com aquele pano, pescou ele muitos, e só estes se não enganaram e foram sisudos.'

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(117) Escandalizar.

(118) Agostinho, Bispo de Hipona que viveu de 354 a 430. Ouvindo em Milão as pregações de Santo Ambrósio, acabou por se converter ao cristianismo, depois de ter levado, durante a juventude, uma vida muito desregrada. Escreveu diversas obras, porém, as mais conhecidas são: As Confissões e A Cidade de Deus. 

(119) Santo Agostinho (N. de V.)


(120) Tribo de Índios brasileiros.
 
(121) Jogo de palavras: toda a terra está com o sentido de "toda a gente".

(122) Deve ter vivido em Hus, na Transjordânia, a sudeste do Mar Morto, no tempo dos Patriarcas. É o símbolo da resignação, porque no meio das maiores calamidades aceitou a providência divina, que ora permite o sofrimento, como castigo dos pecados, ora aperfeiçoa os bons e lhes prova a virtude. Na Bíblia, no Antigo Testamento, consta O Livro de Job.

(123) Job, 19, 22 (N. de V.).

(124) Juíz régio a quem cabia mandar executar as sentenças do soberano.

(125) Salmo, 13, 4 (N. de V.). Trad.: Não compreenderão todos os obreiros do mal que devoram o meu povo como quem come pão.

(126) Especialmente, propriamente.
(127) Senão = mas ainda.

(128) Os "remeiros" das canoas eram Índios.

(129) Séneca, tragédia Thyestes, versos 606-610. Trad.: Vós a quem o governador do mar e da terra / deu o magno direito da morte e da vida, / ponde de lado os rostos inchados e intumescidos; / tudo aquilo que de vós teme o mais pequeno com isso os ameaça o Senhor mais forte.

(130) Santo Ambrósio (N. de V.).

(131) Peixe semelhante ao churréu.

(132) Dois peixes da costa do Brasil.

(133) Santo Agostinho (N. de V.). Trad.: O que aprisiona o mais fraco torna-se presa do mais forte.

(134) Dedicados à coisa ou causa pública.

(135) Alusão à guerra ofensiva dos holandeses na colônia brasileira.

(136) Prender nas malhas, enredar.

(137) Prender a rede às tralhas.

(138) Espécie de cesto de verga afunilado, que se destina a apanhar peixe.

(139) Pôr farpas em, rasgar.

(140) Instrumento que se usa na pesca de peixes grandes.

(141) Era o grande argumento dos colonos a favor da escravização dos Índios.

(142) Tortura, crueldade, desumanidade.

(143) Lei da natureza.

(144) Depósito de provisões alimentares. 

(145) Quente, escaldante.

(146) Abrir e fechar a boca, prestes a morrer.

(147) Espécie de lança antiga terminada em ponta.

(148) Pau armado de aguilhão ou choupa.

(149) Referência ao hábito dos Cavaleiros da Ordem de Malta.

(150) Traje próprio identificativo de uma ordem religiosa ou monástico-militar.

(151) Referência ao hábito da Ordem de Cristo.

(152) Referência ao hábito da Ordem de Santiago.

(153) Restos.

(154) Puxão.

(155) Subentende-se: todos acodem.

(156) Colheita.

(157) Exagero.

(158) Engenho de fazer açúcar.

(
159) Alusão ao hábito dos Franciscanos, a cuja ordem pertenceu Santo António.

(160) Também chamados cônegos regulares. Trata-se de clérigos que, vivendo em comunidade, faziam seus votos religiosos. 


 

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