segunda-feira, 9 de julho de 2012

Regra de São Bento - Capitulo IV - Os Instrumentos das Boas Obras

Por Maria Vanda (Ir. Maria Silvia, Obl. OSB)

                               
"Em primeiro lugar, amar a Deus de todo coração, de toda alma e com todas as forças.

Em seguida, amar o proximo como a si mesmo.
Depois, não matar.
Não cometer adultério.
Não furtar.
Não cobiçar.
Não levantar falso testemunho.
Honrar todos os homens.
E não fazer a outrem o que não se quer para si.
Renunciar a si mesmo para seguir a Cristo.
Castigar o corpo.
Não procurar as delícias.
Amar o jejum.
Reconfortar os pobres.
Vestir os nús.
Visitar os enfermos.
Enterrar os mortos.
Socorrer os atribulados.
Consolar os aflitos.
Afastar-se dos costumes do mundo.
Nada preferir ao amor de Cristo.
Não satisfazer a cólera.
Não guardar tempo para a vingança.
Não guardar falsidade no coração.
Não conceder paz simulada.
Não negligenciar a caridade.
Não jurar para não cometer perjuro.
Dizer a verdade de coração e de boca.
Não pagar o mal com o mal.
A ninguém fazer injustiça, mas suportar com paciência a que lhe for feita.
Amar os inimigos.
Não amaldiçoar os que o amaldiçoam; mas ao contrário, abençoá-los.
Sofrer perseguição pela justiça.
Não ser soberbo.
Não ser dado à bebida.
Não ser voraz.
Não ter apego ao sono.
Não ser preguiçoso.
Não ser murmurador.
Nem detrator.
Por em Deus a esperança.
O que encontrar de bom em sua pessoa atribuí-lo a Deus e não a si.
Quanto ao mal, saber que é obra sua e a si mesmo atribuí-lo.
Temer o dia do juízo.
Ter pavor do inferno.
Desejar a vida eterna com todo o ardor de sua alma.
Ter todos os dias a morte presente diante dos olhos.
Velar a todo momento pelos atos de sua vida.
Ter como certo que Deus nos ver em todo lugar.
Quanto aos maus pensamentos que invadem alma, destruí-los imediatamente de encontro ao Cristo e manifestá-los ao pai espiritual.
Preservar a boca de qualquer assunto mau ou pernicioso.
Não gostar de falar muito.
Não pronunciar palavras inúteis ou que só provoquem risos.
Não gostar de risos frequentes ou ruidosos.
Ouvir com satisfação as santas leituras.
Entregar-se frequentemente à oração.
Confessar todos os dias a Deus, nas suas preces, com lágrimas e gemidos, as faltas da vida passada; e emendar-se daí em diante.
Não satisfazer os desejos da carne.
Odiar a sua vontade própria. 
Obedecer em tudo as ordens do abade, ainda mesmo que ele proceda de outra forma (o que Deus não permita), recordando-se do que ordena o Senhor : fazei o que eles dizem e não o que eles fazem.
Não querer passar por santo antes de o ser, mas sê-lo primeiramente para que o digam com mais verdade.
Cumprir todos os dias por meio das obras os preceitos de Deus.
Amar a castidade.
A ninguém odiar.
Não ter ciúme.
Não exercer a inveja.
Ser inimigo de contestar.
Fugir da altivez.
Venerar os anciãos. 
Amar os mais moços.
Orar pelos inimigos por amor a Cristo.
Reconciliar-se ante do anoitecer com seus contraditores.
Nunca desesperar da misericórdia de Deus.
Estes são os instrumentos da arte espiritual.
Se os cumprirmos dia e noite, sem interrupções , e os apresentarmos no dia do juízo, Deus nos recompensará com aquele prêmio por ele mesmo prometido: Nem olhos viram, nem ouvidos ouviram, o que Deus preparou para aqueles que o amam.
A oficina onde devemos trabalhar diligentemente com o auxilio desses instrumentos, é o claustro de mosteiro e a estabilidade na comunidade."



Introitus : GAUDEAMUS OMNES IN DOMINO,
pelo Coro Monástico da Abadia de Notre Dame de Fontgombault - França

 

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