sexta-feira, 14 de dezembro de 2012

Serviço Jesuíta aos Refugiados e os afegãos na Turquia

Por Eliana Maria (Ir. Gabriela, Obl. OSB)

Crianças afegãs em acampamento de refugiados
  
A Turquia acolheu, a partir de maio de 2012, cerca de 9.000 afegãos em circunstancias excessivamente vulneráveis. Desse contingente, a maioria atravessa o Irã, com pouquíssimo ou nenhum recurso e desconhece o idioma turco.
De acordo com o Alto Comissariado das Nações Unidas para os Refugiados (ACNUR), em menos de seis meses houve um aumento acima de 100%  no número de inscritos como refugiados afegãos.
Atuando no país, desde 2009, o Serviço Jesuíta aos Refugiados (JRS), oferece um amparo inicial : ‘Durante o verão, alguns moraram em barracas, mas foram transferidos para diversas cidades do país. A ideia é que eles achem um lugar para morar e consigam pagar sozinhos os gastos básicos para se manter. Os refugiados estão espalhados hoje por dezenas de cidades e têm que se apresentar à polícia ao menos uma vez por semana. Para ir para outra cidade, eles precisam de permissão oficial’.
Acredita-se que um grande número, em torno de 98%, prefere ficar na Turquia, em vez de se arriscar em mais uma árdua e penosa viagem à Europa.
Eles não têm nada, não podem nem pagar o aluguel. Falta tudo. Algumas famílias vivem em barracas no chão batido. E o inverno está chegando’, informa um membro do JRS.
No momento, estes refugiados, não usufruem do sistema público de saúde, não têm auxílio do governo turco e nem da própria ONU. A situação difícil em que vivem tende a piorar com a chegada do inverno, que na Turquia é bem rigoroso. De imediato, necessitam de camas, cobertores, alimento e combustível para a cozinha e a calefação.
Em pleno Mediterrâneo, a Turquia está encravada no meio de dois continentes : entre a região da Anatólia (no oeste da Ásia) e uma pequena parte no sudeste da Europa. Exerce uma função de passagem, como um porto de chegada e de saída aos expatriados do Afeganistão, Irã, Iraque, Sudão e Somália. Em destaque, abriga atualmente mais de 130.000 refugiados sírios em acampamentos.
Os refugiados recebem das equipes do JRS : assistência espiritual, assistência médica, cestas básicas, roupa, assessoramento e até cursos de língua turca.  

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