terça-feira, 12 de novembro de 2013

São Josafá

Por Eliana Maria (Ir. Gabriela, Obl. OSB)


A Liturgia da Horas e a reflexão no dia de São Josafá :

  Ofício das Leituras

 Segunda leitura 
Da Encíclica Ecclesiam Dei, de Pio XI, papa
(AAS 15[1923], 573.576-577)            (Séc.XX) 

Derramou o seu sangue pela unidade da Igreja
A Igreja de Deus por admirável desígnio foi constituída de forma a ser, na plenitude dos tempos, semelhante a imensa família, abraçando a totalidade do gênero humano; e, por dom de Deus, sabemos ser ela visível não só por suas notas principais, como também pela unidade universal. 

De fato, Cristo Senhor não apenas confiou somente aos apóstolos o dom que ele próprio recebera do Pai, ao dizer: Todo o poder me foi dado no céu e na terra; ide, pois, ensinai a todos os povos (Mt 28,18-19); mas também quis que o grupo dos apóstolos fosse em sumo grau um colégio só, duplamente ligado por estreito vínculo: intrinsecamente pela mesma fé e caridade,  infundida em nossos corações pelo Espírito Santo(cf. Rm 5,5); extrinsecamente, pelo governo de um só sobre todos, ao entregar o principado a Pedro qual perpétuo princípio e visível fundamento da unidade. 

Para que se mantivesse para sempre esta unidade e concórdia, Deus de suma providência consagrou-a com o sinete da santidade e do martírio.  

Este grande louvor obteve-o o arcebispo de Polock, Josafá, de rito eslavônio oriental; com toda a razão o saudamos como honra insigne e coluna dos eslavos orientais. Com efeito, mal se encontra quem tenha mais ilustrado o nome deles ou servido melhor a sua salvação, que este pastor e apóstolo, mormente ao derramar o sangue pela unidade da santa Igreja. Além disto, sentindo-se divinamente impelido à reintegração universal na unidade santa, compreendeu que a melhor contribuição a dar seria guardar o rito oriental eslavônio e o monaquismo basiliano na unidade da Igreja universal. 

         Entrementes, solícito em primeiro lugar pela união de seus concidadãos com a cátedra de Pedro, buscava por toda a parte com empenho todos os argumentos que pudessem promovê-la ou confirmá-la. De modo especial, folheava assiduamente os livros litúrgicos usados pelos orientais e pelos dissidentes, segundo as ordenações dos santos padres. Preparado tão diligentemente, iniciou o trabalho de refazer a unidade, com tanto vigor e suavidade e com tanto êxito, que pelos próprios adversários foi chamado de “raptor de almas”.
 

Fonte :
‘In Liturgia das Horas IV’, pg. 1448 a 1449
http://liturgiadashoras.org/oficiodasleituras/saojosafa.html

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