quinta-feira, 10 de abril de 2014

Santo Estanislau, Bispo e Mártir

Por Eliana Maria (Ir. Gabriela, Obl. OSB)


Nasceu em Szczepanów (Polônia), cerca do ano 1030. Fez seus estudos em Liège (Bélgica). Ordenado sacerdote, sucedeu a Lamberto como bispo de Cracóvia, em 1072. Governou sua Igreja como bom pastor, socorreu os pobres e todos os anos visitou o seu clero. O rei Boleslau, a quem tinha censurado, mandou matá-lo em 1097.


A Liturgia das Horas e a reflexão no dia de Santo Estanislau, 
Bispo e Mártir :

Ofício das Leituras

Segunda leitura
Das Cartas de São Cipriano, bispo e mártir
(Ep.58,8-9.11: CSEL 3, 663-666)     (Séc. III)

Combatendo o bom combate
Enquanto combatemos o bom combate da fé, Deus, seus anjos e o próprio Cristo nos contemplam. Que glória imensa e que felicidade lutarmos na presença de Deus e sermos coroados por Cristo Juiz!

Armemo-nos, queridos irmãos, de coragem e fortaleza, e preparemo-nos para a luta com pureza de espírito, fé inquebrantável e generosa confiança. Avance o exército de Deus para a batalha que nos foi proposta. O santo Apóstolo ensina como nos devemos armar e preparar : Cingi os vossos rins com a verdade, revesti-vos com a couraça da justiça e calçai os vossos pés com a prontidão em anunciar o evangelho da paz. Tomai o escudo da fé, o qual vos permitirá apagar todas as flechas ardentes do Maligno. Tomai, enfim, o capacete da salvação e o gládio do espírito, isto é, a Palavra de Deus (Ef 6,14-17).

Tomemos estas armas, protejamo-nos com estas defesas espirituais e celestes, para podermos resistir e vencer os assaltos do demônio no dia do combate.

Revistamo-nos com a couraça da justiça. Com ela nosso peito estará protegido e seguro contra as flechas do inimigo. Estejam nossos pés calçados e guarnecidos com a doutrina evangélica. Assim, quando pisarmos e esmagarmos a serpente, não seremos mordidos nem vencidos.

Seguremos com firmeza o escudo da fé, para que nele seja destruído tudo quanto o inimigo lançar contra esta proteção.

Tomemos também o capacete espiritual para proteger nossa cabeça; com ele, os ouvidos não escutarão os anúncios da maldade, os olhos não verão as imagens detestáveis, a fronte conservará incólume o sinal de Deus e a boca proclamará vitoriosamente a Cristo, seu Senhor.

Armemos finalmente nossa mão direita com a espada espiritual para rejeitar com determinação os sacrifícios infames; e, lembrando-nos da eucaristia, recebamos o corpo do Senhor e vivamos em união com ele, esperando receber mais tarde, das mãos do mesmo Senhor, o prêmio das coroas celestes.

Que estas realidades, queridos irmãos, fiquem bem gravadas em vossos corações. Se o dia da perseguição nos encontrar nestes pensamentos e meditações, o soldado de Cristo, instruído por suas ordens e preceitos, não temerá o combate, mas estará pronto para a coroa.


Fonte :
‘In Liturgia das Horas II’, 1526, 1528


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